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Tomate

by 27 de Setembro de 2023

Originário das regiões das Américas Central e do Sul, o tomate é um fruto colhido predominantemente durante os meses de verão e início do outono.

Dotado de vitaminas essenciais, como a vitamina C, que ajudam a reforçar o sistema imunitário e a vitamina A, que contribui para a manutenção da saúde ocular, é também uma fonte rica de minerais, como o potássio.

O tomate faz parte da família das solanáceas (da qual fazem parte também a berinjela, a batata branca e o pimento). São plantas que crescem de noite, podendo conter alguma toxicidade para os humanos.

Apesar do tomate estar disponível em muitos pratos típicos portugueses durante todo o ano, é durante os meses mais quentes, de verão principalmente, que o seu consumo é mais benéfico para o nosso corpo. A frescura do tomate associa-se precisamente à frescura que o nosso corpo pede nas estações mais quentes e aos estados emocionais do verão. No entanto, pessoas com doenças autoimunes, articulares ou inflamatórias devem evitar o seu consumo bem como das restantes solanáceas.

A Energia Solo segundo a Macrobiótica

by 11 de Setembro de 2023

A filosofia Macrobiótica baseia-se na teoria das 5 transformações, também designada de 5 movimentos ou 5 elementos, em que assentam também outras filosofias orientais, nomeadamente a Medicina Tradicional Chinesa. O conceito das 5 Transformações é aplicado para conhecer e compreender melhor a natureza dos alimentos, a sua relação com o nosso corpo, e como tirar o máximo partido de cada alimento e método de confecção em benefício da nossa saúde.

A base desta teoria, assenta na premissa de que tudo está em constante mudança e de que existe um equilíbrio dinâmico que sustenta estas alterações, denominada de homeostasia. Este equilíbrio acontece tanto no ambiente, no ecossistema, como em nós, no nosso organismo.

Os 5 elementos são: Água, Madeira ou Árvore, Fogo, Terra ou Solo e Metal.

A natureza reflete o equilíbrio de forma simbiótica e perfeita através destas 5 transformações, numa dinâmica sistémica:

  • A Água rega as plantas (Madeira/Árvore),
  • As plantas alimentam o Fogo,
  • Que nutre o Solo,
  • E que dará vida ao Metal.

As 5 Transformações e as Estações do Ano

Se olharmos para as Estações do ano podemos ver que a cada estação corresponde também uma transformação, exceto à estação verão que conta com duas. Assim, a energia Madeira corresponde à primavera, a energia fogo ao verão (pico do verão), a energia Solo ou Terra ao final do verão, a energia Metal remete-nos para o Outono e a Energia Água para o Inverno. Neste momento estamos a viver a Energia Solo.

O que é a Energia Solo?

Solo representa terra firme, casa, abrigo, raízes, estabilidade e harmonia. É uma energia descendente do Fogo aceso do verão, que convida a planear, organizar, repensar, ordenar e preparar o corpo e a mente para o recolher do Outono.

Trata-se de um estado energético mais concentrado e que está associado ao anoitecer. Solo é também a Mãe que nutre, que cuida e que trata, por isso os alimentos que estão associados a esta transformação são produzidos no solo, a cor associada é o Amarelo e o sabor é o Doce.

Apesar de, mais recentemente, a transformação solo estar associada ao final do Verão (ou Verão tardio) inicialmente ela estava no centro. Deste modo a Transformação Solo está associada à transição entre as outras Transformações e estações.

Quais são os alimentos que favorecem a Energia Solo?

Os alimentos que beneficiam a energia solo são cereais integrais e vegetais redondos, raízes, e fermentados que nos trazem de volta ao nosso centro, ao nosso equilíbrio. A saber:

  • Grão de bico
  • Millet
  • Couve, couve-flor, abóbora, nabo, cebola
  • Fermentados (Picles)

Quais os órgãos associados à Energia Solo?

Os órgãos associados à Energia Solo estão ligados à digestão, ao sistema imunitário e ao controlo do metabolismo do açúcar. São eles

  • Baço
  • Pâncreas
  • Estômago
  • E também Sistema Linfático.

Quais os problemas de saúde relacionados com a Energia Solo?

Os distúrbios mais comuns associados à Energia Solo são:

  • Hipoglicemia
  • Diabetes
  • Problemas de estômago;
  • Alergias
  • Doenças autoimunes.

A Energia Solo e as Emoções

Por se tratar de Solo/Terra a primeira palavra que surge quando estamos diante de alguém com esta energia em equilíbrio é: Estabilidade. Ela também fala sobre segurança, enraizamento: “ter os pés bem assentes na Terra”, como se costuma dizer.

A Energia Solo e o Feminino

Sendo vista como a Mãe, a Energia Solo está muito associada à capacidade de compreensão, de entrega, de compaixão e rege também a sexualidade feminina. Num campo mais pessoal ela fala também acerca dessas capacidades vividas nos relacionamentos, da confiança, de questões associadas à fertilidade e da maternidade.

Nutrir a Energia Solo e os órgãos associados é extremamente importante para mulheres acima dos 40, que começam a experimentar uma fase de transição mais profunda como a aproximação da menopausa.

Como identificar a Energia Solo em desequilíbrio?

  • Problemas a nível de sexualidade feminina
  • Estados ou pessoas com mais tendência a depressões, queixas, vitimização
  • Estados ou pessoas sem motivação, que se queixam e que pedem constantemente a atenção dos que as rodeiam.

O que pode desgastar a Energia Solo?

De um modo geral a Energia Solo é afetada por:

  • Falta de contacto ou de conexão com a Natureza e os seus elementos
  • Uso excessivo de tecnologia
  • Exposição a produtos ou agentes químicos
  • Ar condicionado
  • Trabalho demasiado exigente ou em excesso
  • Betão armado que amplifica campos eletromagnéticos
  • Fibras sintéticas em contacto direto com o corpo;
  • Dar em excesso

Quais os alimentos que mais prejudicam a Transformação Solo?

  • Laticínios
  • Açúcar (de todos os tipos)
  • Alimentos frios
  • Produtos químicos sintéticos
  • Alimentos refinados (não integrais)
  • Produtos de pastelaria ricos em gordura e açúcar
  • Bolachas e alimentos feitos com farinhas no forno
  • Refeições pesadas
  • Alimentos muito cremosos
  • Comer em demasia e de forma desregrada.

Um Prato típico da Energia Solo

O nosso caril de grão pode ser uma boa opção para estes dias de Solo. Para o tornar mais aconchegante, podemos retirar o leite de coco e usar abóbora Hokaido em vez de cenoura.

Para acompanhar podemos usar chucrute ou outros picles caseiros para ajudar na digestão.

Húmus de Beterraba

by 15 de Fevereiro de 2023

 

É mais uma receita de húmus que vos trago esta semana, desta vez com nova cor, novo formato e também com um novo ingrediente, a beterraba.

Eu adoro beterraba de todas as maneiras e feitios e gosto ainda mais de comer o seu caule e folhas, quer cruas em saladas (as mais pequeninas), quer salteadas com alho, quer picadinhas em sopas (as maiores). Aqui em casa também usamos muito a beterraba para fazer os nossos sumos matinais. A beterraba, além de muitos outros benefícios, é muito rica em ferro e foi uma das minhas aliadas principais no combate à anemia nas duas gravidezes. No entanto a maior parte das pessoas que conheço não gosta de beterraba porque diz que “sabe a terra”. Pois bem nesta receita de húmus de beterraba, o sabor mais intenso da beterraba funde-se com o do grão, tornando-o quase imperceptível.

Assim acaba por ser uma sugestão interessante para amantes de húmus e desamantes de beterraba pois não sabe muito a beterraba, podendo ainda começar por ser uma boa desculpa para começar a ingerir este tubérculo mega poderoso para a nossa saúde.

A proposta que faço é a de barrarem este húmus de beterraba numa tosta de pão alentejano e servirem-na com fatias de abacate, folhas de rúcula e tomate cereja, finalizando com um fio de azeite e um toque de pimenta preta moída na hora.

Também podem consumir este húmus na sua forma mais clássica: com palitos de vegetais (cenoura, aipo, courgette ou pepino por exemplo). 

Gosto muito de húmus de grão e adoro recriar a receita original com mais elementos à mistura. Experimentem também esta minha receita de húmus de batata-doce que costuma fazer muito sucesso.

Para aprender a fazer um húmus super cremoso, espreitem este artigo onde dou 4 Dicas para um Húmus mais cremoso.

 

Vamos então ao nosso húmus de beterraba.

Ingredientes

  • 1 e 1/12 chávenas de grão cozido
  • 1/2 ou 1/4 de beterraba cozida (consoante a intensidade pretendida)
  • 1-2 colheres de sopa de tahini
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • 1 dente de alho
  • sumo e raspa de 1 limão
  • água qb para se obter uma textura cremosa
  • 2 colheres de chá de cominhos (prefiro usar em sementes do que em pó) 
  • pitada de pimenta preta
  • flor de sal
  • fio de azeite, sementes de sésamo e pimenta preta para polvilhar

 

Como se faz o húmus de beterraba?

1. Coloca-se o grão, a beterraba, o tahini, o azeite e o sumo de limão num processador de alimentos e bate-se. Junta-se o alho, a pimenta e os cominhos e continua-se bater (cerca de 2-3 min.), adicionando aos poucos a água para se obter um puré mais fofo e cremoso.

2. Na hora de servir rega-se com um fio de azeite, um pouco de pimenta preta moída na hora e sementes de sésamo.

3. Leva-se ao frigorífico para servir fresco. 

Soluções eco para a menstruação

by 16 de Junho de 2022

Vivemos num tempo de saturação do descartável e do plástico por diversos motivos. Se por um lado as pessoas têm mais consciência (individual, coletiva e ecológica), fruto também de mais informação acerca da velocidade com que estamos a (des)gastar o nosso planeta, por outro lado temos assistido ao aparecimento de novos produtos no mercado que acabam por espelhar essas preocupações. Como tal, o campo feminino também não fugiu à regra. Despertei para esta realidade há cerca de 8 anos quando estava grávida do meu primeiro filho. Foi nessa altura que adquiri o copo menstrual que só viria a testá-lo muito tempo depois do nascimento dele (o período só me veio tinha ele já 16 meses). Na altura também optei por usar fraldas reutilizáveis e a ideia de não usar plástico em mim fazia-me cada vez mais sentido, quer pelo ambiente, quer pelo meu bem estar-pessoal.

 

No tempo da minha mãe…

Quando a minha mãe me dizia que no tempo dela se usavam umas toalhinhas de pano laváveis para absorver o sangue da menstruação, aquilo soava-me totalmente arcaico. Acreditava, tal como a minha mãe, que os tampões e os pensos descartáveis eram um avanço tecnológico incrível para o bem-estar feminino. Fáceis de transportar, de colocar e de descartar em qualquer caixote do lixo. Estava redondamente enganada. Os materiais utilizados nestes objetos descartáveis são poluentes, não são recicláveis, consomem muitos recursos naturais na sua produção (como a água por exemplo), para além de causarem um sobreaquecimento suscetível de provocar maior irritação na zona vaginal. Foi depois desse meu despertar e nas minhas pesquisas que percebi que as tais toalhinhas fatela, old school e pouco práticas tinham evoluído para pensos de pano igualmente absorventes, muito mais confortáveis que os perecíveis, e 100% amigos do ambiente.

 

Dos copos menstruais às cuecas de menstruação

Depois do copo e dos pensos de pano que uso muitas vezes em simultâneo, fiz a minha mais recente descoberta neste mundo: as cuecas de menstruação, um produto relativamente recente e inovador pelo menos em marcas nacionais que agora as estão a fabricar.

Nestas pesquisas também fiquei a saber que uma mulher descarta entre 113 e 136kg de pensos, tampões e aplicadores durante a vida.

Portanto se não alterarmos nada na nossa rotina menstrual, seremos responsáveis pelo descarte de mais de 15.000 coletores menstruais cheios de plásticos e tóxicos nocivos. No mínimo assustador!

Vou apresentar cada um dos sistemas, com vantagens e desvantagens, baseado apenas na minha experiência.

 

Copo menstrual

Para quem não conhece o copo menstrual consiste num objeto redondo (com o formato de um copo) com um pé na ponta feito em silicone, que é colocado na vagina, fazendo vácuo e originando que o sangue fique retido naquele receptáculo, que depois é esvaziado após algumas horas.

A utilização do copo menstrual é muito semelhante à de um tampão, com a diferença e a vantagem de que apenas acumula o fluxo menstrual em vez de o absorver. Além disso o copo menstrual possui mais as seguintes vantagens:

  • Não seca nem transpira como os pensos e os tampões.
  • É feito de silicone cirúrgico, macio e flexível, hipoalergénico, sem látex e inodoro.
  • Pode ser usado até 12 horas seguidas, inclusivamente durante a noite.
  • Não causa reações alérgicas nem perturba a lubrificação natural da vagina.
  • É económico e amigo do ambiente. Não é barato no imediato porque se dá o dinheiro à cabeça, mas usado com os devidos cuidados pode durar até 10 anos.

O copo menstrual é sem dúvida muito confortável e prático possuindo apenas a desvantagem da higienização do mesmo fora de casa. Se temos de trocar numa casa de banho pública é um pouco mais chato, mas também não é nenhum bicho de sete cabeças.

Os copos menstruais variam de tamanho e consoante as marcas, há marcas que distinguem entre mulheres que já tiveram parto vaginal e as que ainda não tiveram e há marcas que simplesmente funcionam por tamanhos.  Para higienizá-lo basta seguir as indicações da marca. Existem inclusivamente esterilizadores de copos menstruais que também podem ser adquiridos em algumas lojas. Adquiri o meu copo menstrual na Meekbum.

 

Pensos reutilizáveis

São de facto um conforto igual a usar umas cuecas de algodão. Se os pensos estiverem bem ajustados e não fugirem da cueca, parece que fazem parte da mesma. Os pensos reutilizáveis normalmente têm abas para prender às cuecas com um sistema de molas, que pode permitir dois ajustes (dependendo das marcas), possuem uma camada extra de tecido no centro para absorver o sangue, e são impermeáveis na parte da baixo para não molharem a cueca. Tal como os descartáveis há pensos de vários tamanhos consoante a absorção que se pretenda e também pensos específicos para a noite ou pós-parto, por exemplo.

Os pensos de pano podem ser adquiridos em lojas online que vendem fraldas reutilizáveis. Uso de várias marcas e destaco uma marca portuguesa, a Fluffy Organic & Eco.

pensos reutilizáveis

 

 

Como vantagens aponto exatamente as mesmas que foquei no copo menstrual:

  • Não secam nem transpiram a pele.
  • Não causam reações alérgicas nem perturbam a lubrificação natural da vagina.
  • São económicos e amigos do ambiente. Tal como o copo menstrual não ficam baratos no imediato, porque requerem um investimento inicial e é necessário fazer algum stock, mas têm uma durabilidade muito grande.

O tratamento dos pensos reutilizáveis após a sua utilização não é complicado e varia consoante cada pessoa, mas há 3 aspectos que se devem ter sempre em conta:

  1. Pré-lavar a frio. O sangue não pode levar com água quente, pois dessa forme coze e deixa mancha na peça.
  2. Após pré-lavagem os pensos podem ir à máquina com outra roupa. Nós cá em casa lavamos com as fraldas de pano.
  3. A terceira dica é a de usar um sabão específico para ajudar na remoção de nódoas. Eu também uso o da Fluffy, especificamente concebido para pensos e cuecas menstruais, com agentes branqueadores que removem as manchas.

 

Cuecas de menstruação

São em tudo iguais a umas cuecas mas com a zona central reforçada com um absorvente integrado que vai absorver o sangue menstrual. Eu já tinha curiosidade em experimentar estas cuecas há algum tempo, mas ainda não me tinha decidido a comprar. Nesta última gravidez ofereceram-me umas para testar e acabei por fazê-lo no meu pós-parto. As minhas cuecas de menstruação são da Rêverie uma marca de lingerie portuguesa que eu já conheço bem, pois tem os meus soutiens de amamentar favoritos (que uso desde o meu segundo filho e adoro). O teste das cuecas correu tão bem que acabei por adquirir outras para mim, a par com mais soutiens.

 

cuecas menstruais

A marca tem dois tipos de cuecas menstruais: umas de fluxo normal, que equivale mais ou menos a 3 tampões em termos de absorção, e outras de fluxo mais abundante, indicadas para a noite que aguentam até 12h. Eu tenho um par de cada e usava a normal durante o dia e a mais abundante para a noite. Os tamanhos disponíveis vão do S ao XL. As cuecas de fluxo normal são um pouco mais baratas do que as de fluxo abundante mas ainda assim têm um preço bastante acessível: 22,90€ e 27,90€ respetivamente, mas a marca está a oferecer 30% de desconto até ao fim do mês de Março em todos os artigos, por isso compensa bastante! Basta irem até à página oficial da Rêverie no Facebook ou no Instagram.

Devo dizer que fiquei agradavelmente surpreendida com o conforto destas cuecas menstruais: macias ao toque, com um pouco de elasticidade, bastante absorventes e assentam muito bem. Gostei muito do corte super elegante, quem não souber nem percebe que são cuecas de menstruação. Pessoalmente acho as de fluxo abundante mais bonitas, pois possuem um cós rendilhado muito delicado.

 

 

As vantagens das cuecas menstruais são basicamente as mesmas do copo e dos pensos:

  • São ecológicas e reduzem a pegada ambiental.
  • A longo prazo serão economicamente mais rentáveis quando comparadas com absorventes higiénicos descartáveis.
  • Umas cuecas podem durar em média até 5 anos.

 

Como cuidar das cuecas de menstruação?

As cuecas de menstruação Rêverie são facílimas de usar, no entanto requerem alguns cuidados básicos. A saber:

  1. O primeiro de todos e o mais importante: lavar antes da primeira utilização!!!
  2. Após usá-las deve-se enxaguar com água fria para eliminar a maior parte do sangue. 
Apesar de não ser absolutamente necessário eu faço como faço nos pensos reutilizáveis: deixo um pouco de molho em água fria e depois esfrego com o meu sabão da Fluffy.
  3. Depois pode-se fazer o resto da lavagem à mão ou colocar a lavar na máquina a 30º ou menos sem qualquer tipo de amaciador.


Por possuírem a parte central absorvente demoram um pouco mais a secar, esta é para mim a única desvantagem do produto. A marca não aconselha a usar máquina de secar nem ferro de engomar, mas eu tive um filho em Janeiro e fiz batota: usei o aquecedor a óleo – com muito cuidado!!!! – e com uma toalha turca por baixo para não dar calor direto. Esta é a minha dica apenas para aquelas alturas de inverno em que chove e é muito difícil secar roupa.

Espero que tenham ficado um pouco mais elucidadas sobre cada um dos produtos e que possam fazer escolhas mais conscientes!

 

 

 

Caril de grão

by 22 de Março de 2022

Ora cá estamos de regresso. Como a Primavera ainda não chegou, queimamos os últimos cartuchos do Inverno. E como aqui, hoje, até está um ventinho bem fresquinho, proponho uma receita para aquecer: um caril de grão.

E não a selecionei este caril por acaso, além de quentinha, ela contém alimentos potentes, antivirais e anti-inflamatórios, para complementar a nossa alimentação, contribuindo para aumentar a nossa imunidade e para ajudar no combate aos vírus. A saber:

  • Pimenta preta: Ajuda no combate de doenças do estômago e intestino, no descongestionamento das vias nasais, sendo também um poderoso aliado contra o cancro. É ideal combinada com a curcuma em receitas.
  • Gengibre: Dispensa apresentações, é o ingrediente anti-inflamatório natural por excelência. Além de fortalecer o sistema imunitário, ajuda a libertar toxinas indesejadas do corpo.
  • Alho: Possui propriedades antivirais bem conhecidas, contribuíndo para aumentar as defesas do corpo, aliviar sintomas de gripe, descongestionando os pulmões e tratando infeções mais leves. Para beneficiar em pleno das suas propriedades deve-se cortar o alho e aguardar cerca de 5 minutos antes de o usar.
  • Espinafre: As suas folhas são ricas em clorofila e têm poder antioxidante. Ricas em cálcio também têm ajudam a criar uma barreira protetora e produtora de novas células, fortalecendo o corpo e impedindo a passagem de bactérias causadoras de doenças.
  • Curcuma: Possui propriedades anti-inflamatórias, ação antioxidante e é um poderoso aliado em doenças como a diabetes ou o cancro. 

Espero que gostem deste caril de grão tanto quanto nós aqui em casa. Apesar de ter o pó de caril em casa normalmente uso especiarias, mas quem não tiver as que sugiro abaixo, pode substituir todas (à exceção da pimenta preta) por pó de caril nas quantidades que gostar (sugiro uma boa colher de sopa).

Costumo servir este caril com couscous ou arroz basmati. Se não gostarem das ervilhas de quebrar não usem, mas aproveitei para adicionar, porque estamos na época delas e o pessoal cá de casa (excluíndo eu) adora! Outro ingrediente que aqui também combina muito bem é a batata doce. Podem adicioná-la partida em cubinhos, quando juntam a cenoura.

Esta receita serve 4 pessoas.

Ingredientes

  • 1 cebola cortada em quartos (150g)
  • 2 alhos esmagados e picados (10g)
  • 3 chávenas de grão de bico previamente cozido (500g)
  • 2cm de gengibre cortado em pequenos quadrados (10g)
  • 3 chávenas de água (720 ml) + água qb para ajustar textura
  • 2 cenouras médias partidas em cubinhos (85g)
  • 2 chávenas de folhas de espinafre cruas lavadas (60g)
  • 100g de gordura de coco ou leite de coco de lata (parte sólida, guardada 24h no frigorífico)
  • 1 colher de sopa de curcuma
  • 1 colher de chá de feno grego
  • 1 colher de café de coentros em pó
  • 1 colher de café de sementes de cominho (se usarem pó coloquem metade)
  • pimenta preta a gosto
  • sal a gosto
  • azeite qb para o refogado
  • cebolinho qb cortado
  • 20 ervilhas de quebrar previamente cozidas (100g)
  • pó de caril (em substituição de todas as especiarias acima sugeridas)

 

Como se faz o caril de grão?

1. Refoga-se a cebola e, quando esta começa a ficar transparente, adicionam-se os alhos, mexendo e deixando dourar um pouco. De seguida coloca-se o gengibre e deixa-se refogar um pouco mais, e pouco tempo depois as especiarias (curcuma, feno grego, cominhos, coentros em pó).

2. Mexe-se e deixa-se refogar para as especiarias libertarem o seu aroma (cerca de 3 minutos). Aqui se for necessário junta-se um pouquinho de água mas só o suficiente para que não peguem ao fundo do tacho.

3. Junta-se a cenoura, mais um pouquinho de água, e deixa-se cozinhar um pouco com o tacho tapado. 

4. Depois é hora de adicionar o grão, temperar com sal e pimenta, juntar a restante água e, se for necessário, retificar temperos. Não se preocupem se o sabor das especiarias estiver muito intenso, ele acabará por atenuar no final.

5. Deixa-se cozinhar a mistura até ferver em tacho tapado em lume médio, mexendo de vez em quando.

6. Depois de ferver, coloca-se no mínimo, junta-se a gordura de coco, dissolvendo-a bem com a ajuda da colher de pau, e juntam-se as folhas de espinafre. Deixa-se cozinhar para apurar mais um pouco (5 a 8 min). Pode-se ir provando para ver como está o sabor e controlar o tempo de fogão consoante se pretenda mais ou menos apurado. Aqui também se retifica a água, pois a gordura de coco engrossa o caril. Pode ser necessário acrescentar um pouco mais de água até se obter a textura desejada.

7. Deixa-se repousar no tacho antes de servir por cerca de 5 minutos.

8. Serve-se com couscous, ervilhas de quebrar, e cebolinho.

Como fazer detergente caseiro para a loiça

by 28 de Julho de 2021

É mais uma receita de DIY (Do it Yourself) daquelas que eu adoro! Fico mesmo contente quando consigo fazer em casa produtos de cosmética e limpeza substitutos dos de compra, recorrendo a ingredientes naturais e sem químicos, que cumpram exatamente a mesma função sem por em risco a nossa saúde, a do planeta e ainda por cima que não nos pesem na carteira.

Já me aventurava há algum tempo nos detergentes caseiros, até já aqui dei a receita do multiúsos que costumo fazer com nozes de saponária, mas para a loiça foi a primeira vez e a coisa correu bem.

A receita não é minha e os créditos estão bem visíveis na imagem que escolhi como destaque deste post, que é de um Blog que gosto muito O Blog da Horta Biológica

De qualquer modo quer aqui deixar algumas notas minhas:

  1. A minha receita ficou mais bastante mais grossa do que a do vídeo, ou seja, o meu detergente acabou por ficar mais concentrado.
  2. O detergente é muito durável. Apesar de ter guardado o meu no frigorífico nos primeiros tempos, depois passei-o cá para fora. Não era prático estar sempre a ir ao frigorífico. Deste modo acabei por testar também a durabilidade do produto. O meu ainda não se estragou e dura há 2 meses. Tenho máquina de lavar loiça, note-se que não lavo tudo à mão.
  3. Armazenei num frasco com doseador para ter sempre à mão no lava-loiça. Vamos então, sem mais demoras, à receita.

 

Vão precisar de:

  • 4 limões partidos em rodelas (sem caroços)
  • 700ml de água
  • 120ml de vinagre
  • 250g de sal marinho
  • 1 panela
  • 1 coador ou pano de voal
  • 1 liquidificador

Como se faz o detergente caseiro para a loiça?

  1. Colocam-se os limões e 300ml de água na panela, leva-se ao lume e deixa-se ferver por 20 minutos, mexendo frequentemente.
  2. Coloca-se a mistura no liquidificador, acrescenta-se 400ml de água e bate-se por cerca de 2 minutos ou até se obter um creme homógeneo.
  3. Coa-se, com a ajuda de um coador ou um de pano de voal, para dentro da panela.
  4. Adiciona-se o vinagre e o sal marinho.
  5. Ferve-se por mais 15 minutos até engrossar, mexendo frequentemente.
  6. Guarda-se num frasco de vidro no frigorífico.

Podem ver no Youtube o vídeo passo a passo também  que torna tudo mais simples.

Imagem: O Blog da Horta Biológica

 

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