Blog

Poejo

by 8 de Julho de 2019

Mentha pulegium

E uma erva aromática da família das mentas utilizada como condimento na culinária alentejana. Dotado de muitas propriedades medicinais, é tradiconalmente utilizado como expectorante e digestivo. Tem também propriedades emenagogas e abortifacientes.

Devido ao seu sabor – forte e mentolado – recomenda-se a sua utilização em saladas de frutas e/ou vegetais, sumos e infusões.

Planta que devido ao seu aroma intenso tem óbvias vantagens em sistemas de permacultura como repelente de insectos. Já os antigos queimavam ramos secos de poejo no interior das casas para repelir pulgas e afins.

Bolinhos de Milho e Nozes – Sem glúten

by 7 de Julho de 2019

Estas bolinhas foram-me dadas a provar por uma amiga, num daqueles cafézinhos de fim de tarde de Verão, numa esplanada de Lisboa. Esta é uma daquelas receitas que a Célia tinha aprendido num dos primeiros workshops de cozinha vegetariana que fez, e que a acompanha há mais de dez anos. Nunca mais me esqueço que estava nos últimos dias de gravidez e andava naquela fase de comer algo doce todos os dias. A minha segunda gravidez até foi bem calminha em termos de abusos alimentares, nomeadamente de doces (e não falo necessariamente de açucar, mas de alternativas um pouco menos nocivas que o açucar, mas igualmente pouco saudáveis), contudo nas últimas semanas andei em altas e tinha de comer uma sobremesa por dia! Naquele dia comi logo uns quantos bolinhos. E eu que até achava que não gostava de nozes… Mas a combinação das nozes com os corn flakes e as tâmaras fica absolutamente bombástica.

No dia seguinte fui jantar a casa de uns amigos e experimentei fazer para levar e toda a gente gostou muito. Só que levei imensos bolinhos e éramos só quatro pessoas. No fim do jantar obrigaram a grávida a trazer os que sobraram para casa. Fiquei lixada de ter de acabar com os que restavam no(s) dia(s) seguinte(s). Ahahahah….

A receita é mega simples de fazer, leva pouco tempo e poucos ingredientes e não contém glúten. Além disso é muito versátil: pode ser crua, ou levemente dourada no forno, portanto o último passo é absolutamente opcional e vai com certeza depender do gosto de cada um. Eu cá gosto de todas as maneiras! Desde que provei esta iguaria que passei a ter sempre em casa corn flakes a mais, para qualquer eventualidade. A partir desta receita também acabei por criar uma nova sobremesa (de colher), igualmente deliciosa, que hei-de publicar em breve. 

Esta foto foi da festa do meu filho mais velho, daí os cãezinhos da Patrulha no cenário, e foi tirada pela minha minha amiga Sofia – Um Capítulo! Não façam vista grossa aos palmiers que não fui eu que fiz, tá???

 

Ingredientes

– 1 chávena de leite vegetal

– 1 chávena de tâmaras descaroçadas

– 2 chávenas corn flakes (flocos de milho sem açucar)

– ½ chávena de miolo de noz

 

Como se fazem os bolinhos de nozes e corn flakes?

  1. Num processador/liquidificador bate-se o leite vegetal com as tâmaras (podem-se deixar a demolhar um pouco no leite antes de bater).
  2. À parte juntam-se os ingredientes secos: corn flakes e nozes e misturam-se.
  3. Acrescentam-se estes dois ingredientes ao preparado líquido doce de leite e tâmaras, e bate-se tudo novamente até formar uma pasta mais homógenea.
  4. Moldam-se bolinhos de tamanho médio e passam-se por côco ralado .
  5. Levam-se a dourar cerca de 10/15min em forno pré-aquecido a 180º. (opcional).

Nozes de Saponária – O que são, como usar? + 1 Receita de Detergente Caseiro

by 29 de Junho de 2019

O artigo que dá início a esta nova categoria denominada de Eco-Blog, é sobre as nozes de saponária. Para quem ainda não ouviu falar destas nozes, adianto já que não se comem, mas são um poderoso produto natural que pode ser usado, para lavar roupa, para lavar louça, como detergente multiusos, ou até mesmo como sabonete líquido para as mãos. Ora leiam!

 

O que são Nozes de Saponária?

Estas nozes são o fruto da saponária (Sapindus Mukorossis), uma árvore muito comum na Índia e Nepal cuja casca contém saponina. A saponina é uma substância natural que possui propriedades – e desempenho – semelhantes às do sabão. Quando as nozes de saponária entram em contato com água, a saponina liberta-se e dissolve-se, provocando um efeito semelhante ao do detergente.

As nozes de saponária acabam por constituir uma alternativa mais ecológica ao uso de detergentes, e podem ser usadas para mais do que uma finalidade, como veremos abaixo. Aqui em casa uso sobretudo para lavagem de roupa e para detergente multiusos caseiro.

 

7 Vantagens das Nozes de Saponária

  1. São naturais – Constituem uma alternativa natural, vêm da natureza sem sofrer qualquer tipo de transformação.
  2. São reutilizáveis – Dão para serem reutilizadas em cerca de 3 a 4 lavagens.
  3. São mais económicas – 100g de nozes custam cerca de 1,60€, o que significa que 1kg dá para perto de 200 lavagens.
  4. São indicadas para lavar roupas de bebé – E também em casos de pessoas com pele sensível, pois possuem propriedades antialérgicas.
  5. São mais amigas do Ambiente – Não poluem a água nem o ambiente e são 100% biodegradáveis, após a sua utilização máxima.
  6. Podem ser aproveitadas – Depois de secas (altura em que toda a saponina está gasta), as nozes podem ser usadas como adubo para as plantas ou ainda como complemento para composto.
  7. São versáteis – Dão para mais do que uma finalidade, como veremos abaixo, permitindo a substituição quase integral de detergentes químicos.

 

Onde se compram as nozes de saponária?

As nozes de saponária podem normalmente ser encontradas em supermercados biológicos ou lojas online tais como a Efeito Verde, Ecoescolhas, Círculo Bio, Mirística, Loja Vegetariana, Pegada Verde ou Plantiers.

 

Nozes de Saponária para a Máquina de Lavar Roupa e Louça:

Não há nada mais fácil: basta colocar entre 4 a 6 nozes (cerca de 20 g, ou de acordo com a recomendação das embalagens), dentro de um saquinho de pano, colocá-lo no tambor na máquina e lavar a roupa normalmente.

As nozes de saponária podem ser reutilizadas cerca de 3 a 4 vezes. Ao contrário do detergente as nozes de saponária não deixam cheiro na roupa, quem gostar de cheirinho pode colocar umas gotas de um óleo essencial na gaveta do amaciador da máquina de lavar roupa.

A mesma fórmula pode ser usada para a máquina de lavar louça, com o mesmo procedimento, exceto o da adição do óleo essencial.

 

Detergente Caseiro Multiusos com Nozes de Saponária:

Este poderoso detergente, cuja receita deixo abaixo, tem também várias aplicações e serve múltiplas funções. Pode ser usado como:

  1. Detergente para lavar a louça à mão,
  2. Limpa-vidros,
  3. Lava-tudo/multiusos,
  4. Detergente para lavar o carro,
  5. Champô para animais,
  6. Repelente para os insectos das plantas.

Receita do Detergente Multiusos

Ingredientes:

  • 50g de nozes de saponária
  • 1L de água
  • 2 a 6 gotas de um (ou mais) óleo essencial à escolha (opcional)
  • vinagre de limpeza (opcional)

Modo de fazer:

  1. Basta levar uma panela com a água e as nozes de saponária ao lume e deixar ferver por uns 5 minutos.
  2. Depois de arrefecida e coada esta mistura está pronta para ser colocada em qualquer tipo de frasco/recipiente, para servir cada um dos propósitos citados acima.

 

Notas à receita:

  • Se pretenderem um cheiro completamente neutro não adicionem nenhum óleo e muito menos vinagre.
  • A adição do vinagre é só para aumentar o poder da limpeza, e uma vez que o frasco vai estar fechado a intensidade do cheiro acaba por se agravar, por isso se vos fizer confusão o cheiro do vinagre, não coloquem.
  • Se pretenderem um efeito de desinfeção, poderão adicionar um pouco de álcool 70º (que possui um potente efeito antibacteriano), mas tenham em mente que já não estamos a falar de um detergente 100% natural!
  • O acondicionamento em frascos de vidro, além de mais ecológico, é sempre mais favorável à não acumulação de odores.

 

Espero que este pequeno artigo vos inspire a começar a mudar alguns hábitos em casa. Lembrem-se que pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença. Não façam tudo de uma só vez se acharem que não vão conseguir ou que vão desistir à primeira tentativa! Façam por baby steps e comecem gradualmente a melhorar a vossa pegada ecológica!

Hoje é o Primeiro Dia…

by 20 de Junho de 2019

Podia ser o “do resto da minha vida”, mas é o “do resto da vida do blog”!

Hoje é o primeiro dia de um novo começo, o primeiro de muitos re-começos, e após uma pausa prolongada por estes lados, aqui estou de novo para re-começar a partilhar receitas e muito mais. Ora leiam até ao fim!

Os nossos projectos pessoais são como filhos: primeiro pensados e planeados, depois encubados, para a posteriori nascerem e serem apresentados. E tal como os bebés e as crianças, eles também precisam de um tratamento especial, de cuidado, e sobretudo de muito investimento pessoal (tempo e dedicação) para se manterem vivos!

Este projecto nasceu como meu primeiro filho em 2012. Na altura vivia em Portugal, trabalhava a tempo inteiro numa agência de publicidade e fazia trabalhos de freelancer em part-time. A minha ideia era no entanto, partilhar receitas simples do dia-a-dia cá de casa. E apesar de ter sido inicialmente um espaço de publicação de receitas apenas, havia sido pensado para ir crescendo, alargando o seu âmbito a outro tipo de conteúdos, a outro tipo de artigos e receitas. Como faço muitas coisas homemade, algumas delas tão simples e acessíveis ao comum dos mortais, queria sistematizar e transformar toda essa informação em artigos de Dicas, DIY, Receitas, etc.

Porém fiquei-me apenas pelas intenções e entretanto, a tal da disponibilidade acabou por me trair. Além do trabalho que já me dava que fazer, encontrei-me com a Maternidade, com o nascimento o meu segundo filho, o primeiro biológico! O Benjamim veio dar, ainda mais, sentido à minha vida, à minha relação com o Pai dele, e inaugurar o conceito de Família em minha casa. Primeiro filho precisa de todas as atenções focadas e de todos os cuidados, principalmente porque a nossa experiência é nula, e as insegurança e incertezas andam sempre a pairar no ar. Acabamos por duvidar um pouco das nossas convicções quando algo ou alguém as põe em causa, as decisões mais simples acabam por ter um impacto 20 vezes acima do normal, até que um belo dia tudo volta à normalidade! A partir daí começou também a nossa aventura de viagens e, entre duas paragens mais curtas por Angola e Moçambique, fomos viver para a ilha de Malta.

Estes foram os motivos mais do que justificados para a primeira paragem! Para mim paragens são momentos de encontro, são as situações certas para abrandar, para pensar, para reflectir, para decidir, para depois regressar (ou não).

A chegada deste filho, depois destas mudanças todas, devolveu-me a vontade de voltar a partilhar receitas (após um ano do seu nascimento), porque os nossos hábitos alimentares também se ajustaram um pouco com a sua chegada. Assim comecei a publicar receitas ainda mais saudáveis, e totalmente aptas para crianças, receitas sem açucar, fáceis de colocar em prática no dia-a-dia de qualquer família. Com ele deixámos de consumir açucar cá em casa, e foi a decisão mais acertada que tomámos, depois de nos termos tornado vegetarianos! 🙂

Depois o blog foi seguindo o seu curso até se deparar com o acontecimento oposto! E foi com grande decepção e tristeza, que a doença e morte do meu Pai em 2017, me fizeram abrandar novamente o ritmo, culminando noutra paragem que acabou por se revelar mais prolongada. Esse ano foi ano de regresso a Portugal, e de reencontro com a Maternidade, exactamente 6 meses depois deste fatídico momento. O dia 29 de Setembro marcou o meu renascimento enquanto Mãe, com a chegada do meu doce Afonsinho!

Segundo filho já tudo se faz de olhos vendados, mas temos de aplicar alguns pózinhos mágicos e truques de magia para nos conseguirmos desdobrar e dividir por duas cabeças! E foi neste contexto de acolhimento a uma nova vida, que uma nova mudança se fez anunciar, e a família agora de 4, apanhou de novo um avião de novo para uma África, desta vez mais profunda, até ao norte da Guiné (Conacri) onde estivemos a viver por mais uma temporada.

Todos estes acontecimentos trouxeram consigo sentimentos extremos: recordações boas e más, altos e baixos, momentos de luz e de trevas, euforia e desânimo, mas cada um deles conseguiu ensinar-me diferentes lições: que a vida acontece, que há pessoas que passam por ela apenas, outras que vêm para ficar, outras que têm forçosamente que sair, que podemos e devemos abrandar e parar para refletir, mas não devemos nunca desistir!

No meio deste processo todo e com a minha vida a acontecer a um ritmo tão acelerado, pensei muito se abandonava ou não o blog. Desdobrei-me muitas vezes entre trabalho a tempo inteiro, receitas, família e filhos… Mas se há coisa que eu detesto nesta vida é desistir seja do que for, e assumi-lo publicamente só me vem trazer, ainda mais, força para continuar este projecto que eu fiz nascer e que tanto já testemunhou a meu respeito quer pessoal quer profissionalmente.

Em 2018 o regresso a Portugal, na tranquilidade do Alentejo, foi tempo de recarregar baterias, olear motores e resgatar projectos antigos arrumados na gaveta.

Como podem ver o site está renovado, fizemos um lifting para aparecer de “cara lavada” neste novo começo. Assim, além do espaço habitual de receitas, criei uma nova área que denominei de Eco-Blog, onde vou partilhar todos os meus apontamentos verdes. Serão conteúdos de várias temáticas em volta da alimentação, estilo de vida vegetariano, dicas ecológicas, zero waste, DIY´s ou pura e simplesmente artigos de reflexão ou de opinião. Como se diz “o bom filho à casa torna”, e sete anos depois do início do projecto vou finalmente colocar em prática todas as ideias iniciais que andavam cá dentro a fervilhar há tanto tempo!

Espero encontrar-vos mais vezes por aqui.

Obrigada!

O melhor bolo de aniversário vegan

by 6 de Junho de 2017

Depois de uma pausa para descansar e pensar na vida estou finalmente de volta a este cantinho. Para festejar este recomeço trago uma ideia bem docinha capaz de fazer inveja a qualquer bolo gourmet!

Esta receita é das melhores que já experimentei e a melhor aposta em bolos de aniversário vegan. Adoro a sua consistência, textura, sabor e a simbiótica combinação de ingredientes. Este bolo tem uma confecção simples e básica, é crú e não precisa de muito tempo para solidificar e até pode ser preparado de véspera sem perder propriedades (o que facilita imenso a tarefa). Já o fiz vezes sem conta e já passei a receita a várias amigas e sempre com sucesso. Por fim todas as pessoas que o provam ficam maravilhadas com a excelência do sabor! Tem mesmo um toque sofisticado e diferente, é um bolo frio que não gela demasiado, corta bem com o garfo e é super macio.

Apesar da foto não permitir ver ele é composto por duas partes: uma base crocante de amêndoas e tâmaras e uma parte superior de chocolate, côco e banana. Decidi chamar-lhe o melhor bolo de aniversário vegan porque de toda a experiência que tenho em bolos vegan e sem açúcares este é aquele que reune mais consenso e é de facto o que melhor figura faz em qualquer mesa de aniversário. A aliar a todos os argumentos a rapidez de preparação: 30 minutos são suficientes para ter esta maravilha enformada e 1h no mínimo para gelar. Espero que gostem!

Ingredientes:

Base:
– 1 e 1/2 chávena de amêndoas torradas
– 300g de tâmaras descaroçadas
– 2 colheres de sopa de óleo de côco

Bolo:
– 1 colher de café de agar-agar em pó (se usarem em flocos acho que vão precisar de mais um pouco)
– 1/3 chávena de óleo de côco
– 1 lata de leite de côco no frigorífico de véspera
– 1 e 1/3 chávena de avelãs
– 100g de chocolate vegan sem açúcar
– 2 bananas
– 10 tâmaras (se forem medjool 5 apenas) – Eu nem costumo colocar, coloquem só se forem muito gulosos
– 4 colheres de chá de flocos de aveia
– 4 colheres de chá de alfarroba ou cacau
– leite vegetal para rectificar texturas

Topping:
– frutos vermelhos e avelãs torradas ou flores comestíveis

 

Como se faz o melhor bolo de aniversário vegan?

1. Trituram-se os ingredientes da base até se obter uma mistura que permita ser moldada com as mãos. Atenção para não triturar demasiado as amêndoas para que a base fique bem crocante. O melhor é ir triturando aos poucos e ir observando se a massa já está em condições de moldar.

2. Molda-se a massa com os dedos no fundo de uma forma de fundo amovível e leva-se ao frigorífico para repousar.

3. Abre-se a lata de leite de coco e separa-se a parte sólida da parte líquida e reserva-se esta última. Bate-se a parte sólida com os restantes ingredientes do bolo até se obter uma mistura homogénea. Aqui pode ser necessário juntar um pouco de leite vegetal para a textura ficar mais cremosa. É importante que o processador de alimentos seja potente o suficiente para triturar as avelãs inteiras caso contrário será melhor demolhá-las cerca de 1h em água quente para amolecerem e para serem mais fáceis de triturar.

4. Leva-se ao lume a parte líquida do leite de coco (cerca de 100ml, se for menos juntar um pouco de leite vegetal até perfazer esta quantidade) com o agar agar e deixa-se ferver mexendo sempre por 2-3 minutos. De seguida incorpora-se a mistura no creme do bolo e envolve-se tudo muito bem à mão (sem processador).

5. Verte-se o creme na base do bolo e vai ao frigorífico a gelar.

Bolachas de maçã e canela

by 29 de Janeiro de 2017

Quando eu era gulosa (ainda sou) e açucareira profissional as bolachas eram a minha perdição ao ponto de me chamarem o Monstro das Bolachas. Eu tinha ataques surreais de comer um pacote de bolachas inteiro de uma só vez. Por vezes soava mesmo a adição ou doença e não estou a brincar: o açucar é mesmo um vício igual a outro qualquer só por dizer que é socialmente aceite. Infelizmente a população ainda não está suficientemente sensibilizada para isto mas acho que aos pouquinhos chegaremos lá.

Eu fiz várias tentativas de reduzir ou largar as bolachas (que no fundo eram de largar o açucar): no trabalho a técnica era colocá-las na gaveta de uma colega (longe da minha vista para a tentação não estar à mão) que possuía ordens expressas para me repreender caso eu começasse a abusar, em casa a regra passou a ser comprar apenas um pacote de bolachas por semana e tentar controlar-me ao máximo.

Para além do açucar as bolachas de pacote estão carregadas de outras gorduras e substâncias inimigas de quem ter um estilo de vida – mais – saudável. Quando assumi este compromisso de cortar de uma vez por todas com o açucar as bolachas foram as primeiras a serem definitivamente banidas da minha alimentação.

Felizmente consegui perder o hábito de roer bolachas como que come tremoços. Não quer isto dizer que tenha deixado de gostar delas, mas nunca mais consegui comer aquelas bolachas enjoativas de compra que outrora não saciavam toda a minha gulodice enquanto o pacote não acabasse.

De vez em quando lá me aventuro a fazer bolachas mas ainda não podia dizer que tivesse acertado com uma e uma só receita: ou porque não ficavam crocantes, ou porque levavam calor a mais e enrijeciam ou porque levavam calor a menos e ficavam mal cozidas ou porque as vezes que até ficavam bem me esquecia de apontar a receita. Estas bolachinas de maçã e canela ficaram divinais, o meu marido diz que foram as melhores que eu já fiz e eu vim aqui de seguida partilhar antes que a publicação ficasse pelo caminho… Esta receita rendeu mais de 35 bolachinhas do tamanho das que vêem na foto (não sei precisar a quantidade certa pois começámos logo a comer mal saíram do formo e já não fui a tempo contar).

O domingo aqui hoje está encoberto e chuvoso e o lanche estava mesmo a pedir umas bolachinhas para acompanhar um cházinho quente. Espero que gostem tanto como nós destas bolachas de maçã e canela!

Ingredientes:

– 1 chávena de farinha de arroz integral
– 2 chávenas de farinha de aveia (moí flocos)
– 2 colheres de sopa de flocos de aveia
– 2 maçãs pequenas ou 1 grande (usei vermelhas) trituradas cruas com um pouco de água
– 75g de açucar de tâmaras (equivale a 3/4 de chávena se usarem tâmaras, mas reduzam se pretendem que não fiquem muito doces)
– 3 colheres de café de canela em pó
– 6 colheres de sopa de azeite
– 6 colheres de sopa de água

Como se fazem as bolachas de maçã e canela?

1. Juntam-se todos os ingredientes secos – à excepção dos flocos de aveia – num recipiente, mexe-se e reserva-se.

2. Adiciona-se a maçã picada (não tem mal que não fique tolmente desfeita em puré, fica bom com pedacinhos), a água, o azeite e por fim os flocos e amassa-se com as mãos até a massa formar uma bola que despega completamente das mãos.

3. Leva-se a massa ao frigorífico para repousar cerca de 20 minutos.

4. Aquece-se o forno a 180º.

4. Estende-se a massa entre duas folhas de papel vegetal com a ajuda de um rolo e moldam-se pequenas bolachas com um cortador. Também se pode optar por moldar pequenas bolinhas de massa e de seguida achatar com as mãos.

5. Leva-se ao forno a cozer entre 20 a 30 min (depende dos fornos) mas prestem atenção para não cozerem demasiado.

Subscribe to our newsletter

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Proin porttitor nisl nec ex consectetur, quis ornare sem molestie.